A história das Tropas Pára-quedistas Portuguesas

“Há que conservar as memórias passadas contra a tirania do tempo e contra o esquecimento dos homens”1 Padre António Vieira (1)


Francis J. Gavin, professor da Johns Hopkins University, no ensaio "What if we are wrong?", na procura da definição de História, cita Marc Block que sublinhara que a mesma não é uma oficina de relojoaria, nem um gabinete de engenharia, mas sim um esforço para melhor compreender algo em constante movimento. Muito recentemente, Miguel Monjardino, periodista e professor universitário, citou também Gavin, que definira História como um discurso em mutação, tecendo depois considerações complementares ao tema. Nas mesmas salientou que, devido a esse movimento, a perspetiva histórica depende muito da geografia e do momento em que a avaliação dos factos é feita, face à contínua evolução do pensamento universal. Por outro lado, se não forem sendo tomados apontamentos sobre os acontecimentos passados, a memória sobre eles resultará difusa e enviesada, podendo mesmo falseá-los. Pelos efeitos que produzem, os verdadeiros motores da História são os detentores do poder político, mas também económico, diplomático, de opinião, etc., de cada Estado ou coligação. Este será tanto mais efetivo quanto mais vincadas forem as chamadas forças profundas, há muito relevadas pelos professores franceses Pierre Renouvin e JeanBaptiste Duroselle (2) . Essas forças são materializadas pela geografia, no seu sentido mais amplo, pelo passado das nações ou suas associações, pelo carácter nacional (consciência coletiva do valor relativo de si mesma), pela língua, pelas religiões professadas, etc. A Instituição Militar é integrada por homens e mulheres que, pelo papel social que lhes está consignado ou, por vezes, por eles e elas assumido, são também motores da História e outras vezes, sobretudo, objeto da mesma. Desta forma, resolvemos publicar esta Cronologia das Tropas Paraquedistas em Portugal, memória sintética dos acontecimentos ocorridos entre 1956 e 2021, que considerámos relevantes no contexto nacional, de modo que não se venha a tornar difusa e até enviesada uma futura avaliação dos mesmos. Procurámos, na sua feitura, afastar a sempre presente subjetividade e indicar a bibliografia consultada, não esquecendo que a História é algo em movimento, quer pela contínua evolução do pensamento humano, quer pela descoberta de novos factos. A Cronologia é apresentada inicialmente por factos que antecederam a criação das Tropas Paraquedistas em Portugal, depois os relativos à criação destas Tropas e o seu desenvolvimento (1955/1975), época em que foram formadas, instruídas e treinadas com o maior rigor e destinadas a combater numa guerra de contrassubversão; seguidamente, face à alteração estratégica decorrente do fim da guerra em África e no período da guerra fria, adequadas afincadamente a esse novo ambiente (1975/2006) e, desde essa data mas já integrados no Exército, capacitadas e empenhadas em operações de apoio à paz e operações de repatriamento de nacionais não combatentes. Em todas essas fases, são bem visíveis os esforços de manutenção do melhor conhecimento e do saber fazer das Tropas Paraquedistas para se equivalerem, no estado da arte, às melhores existentes noutras geografias. Por último, dedicamos esta Cronologia a todos que, como eu, se sentem honrados por terem servido Portugal nas Tropas Paraquedistas, a quem dedicaram todo o seu esforço e saber, honrando o lema da Casa Mãe” Que Nunca Por Vencidos Se Conheçam”. 

Oeiras, 1 de dezembro de 2021

Carlos Manuel Chaves Gonçalves MGen (Ref)


1 Vieira, Pe António, Sermão de Nossa Senhora de Penha de França, Lisboa, 1652. Citações e Pensamentos. Lisboa: Ed. Casa das Letras, 2010, p. 69.

2 Renouvin,Pierre, Duroselle, Jean-Baptiste. Introduction a L’Histoire des Relations Internationales. Paris, Armand Colin, 1970.

     ANTECEDENTES

     CRIAÇÃO E EXPANSÃO DAS TROPAS PARAQUEDISTAS EM PORTUGAL (1955-1960)

     CRIAÇÃO E EXPANSÃO DAS TROPAS PARAQUEDISTAS EM PORTUGAL (1961-1965)

     CRIAÇÃO E EXPANSÃO DAS TROPAS PARAQUEDISTAS EM PORTUGAL (1966-1970)

     CRIAÇÃO E EXPANSÃO DAS TROPAS PARAQUEDISTAS EM PORTUGAL (1971-1974)

(11Mar) - Como corolário da “ação desenvolvida por partidos políticos junto de um pequeno núcleo de Sargentos do RCP, tendo por objetivo dominar a Unidade ou no mínimo neutralizá-la segundo os seus interesses, começou a verificar-se uma progressiva lassidão no respeito mútuo, na exemplar cooperação e na grande união, sobretudo entre os Graduados Paraquedistas, que até 28Set74 sempre existira, tendo sido atingido um ponto de não retorno em 11Mar75”. Recorde-se que naquela data, o então comandante do Regimento de Paraquedistas, Cor Rafael Durão, porque muito próximo do PR, Gen Spínola, havia-se demitido de membro do Conselho de Estado, em solidariedade com a demissão deste das funções de PR, ficando-lhe colado o apodo de spinolista, apesar da sua verticalidade como militar. 

Depois, como consequência do falhado assalto ao RALIS por parte de forças paraquedistas, extremaram-se posições, tendo sido preso um grande número de Oficiais Paraquedistas, acusados de contrarrevolucionários. Estas e outras contradições existentes entre militares, no caminho então seguido pelo Pronunciamento Militar de 25Abr74, foram bem exploradas politicamente por extremistas e levaram a Unidade ao início do caminho da extinção da sua forte coesão.

(07Abr) - A pedido reiterado do Governador e Comandante-chefe de Timor, Coronel Lemos Pires, sob o comando do Capitão Freitas de Oliveira e depois, interinamente, do Tenente Fernando Branco, um destacamento do RCP foi enviado para Timor, constituindo-se no Destacamento de Caçadores Paraquedistas nº 1(DCP 1). Nessa data desembarcou em Baucau, além do comandante do DCP 1, um Pelotão de pára-quedistas, comandado pelo Tenente Silveira, acompanhado dos 1º Sargento Mata, 2º Sargento Salgueiro, 2º Sargento Soares, 2º Sargento Matos e Furriel Patrocínio. 

Em 25Jul75 desembarcou também em Baucau outro Pelotão de pára-quedistas, este enquadrado pelos Tenente Branco e Tenente Mota, acompanhados pelos 1º Sargento Baltazar, Furriel Miliciano Marcelino e Furriel Miliciano Cópio. Entretanto, pela Portaria 335, de 31Mai75, o DCP 1 passou a ter existência legal e, nos termos da Portaria 447-A, de 06Ago75, o mesmo foi reforçado com outro Pelotão de Paraquedistas.

(21jun) Foi extinto o BCP 31 em Moçambique, em 21Jun75, conforme o Decreto-Lei 140, de 19Fev76.

(05Jul) - Foi extinto o RCP e criado o Corpo de Tropas Paraquedistas(CTP), pelo Decreto-Lei 350/75, na dependência direta do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea. Na decorrência desse normativo legal, a Portaria 710/75, de 29Nov, detalhou a composição, quadros orgânicos de pessoal e localizações: 

- Comando do Corpo de Tropas Paraquedistas (CCTP) - Monsanto / Lisboa;

- Base Escola de Tropas Paraquedistas (BETP) – Tancos;

- Base Operacional de Tropas Paraquedistas nº 1 (BOTP1) – Monsanto;

- Base Operacional de Tropas Paraquedistas nº 2 (BOTP2) - S. Jacinto;

- Base Operacional de Tropas Paraquedistas nº 3 (BOTP3) - Beja (a qual nunca viria a ser constituída).

(26Ago) - O DCP 1assegurou a retirada em segurança, para a Ilha de Ataúro, do Governador e Comandante-chefe de Timor e do seu Estado-Maior

(28Ago) - Durante a permanência na ilha de Ataúro do DCP 1, uma Secção de Paraquedistas, a bordo da barcaça “Comoro”, dirigiu-se de novo à ilha de Timor, tendo resgatado alguns militares do Exército que se encontravam
aprisionados e abandonados no enclave de Oecússi, não tendo sido possível proceder de igual modo em Batugadé.

(07Nov) - Uma Companhia de Pára-quedistas, comandada pelo Capitão Barroca Monteiro, sedeada na
Base do Lumiar e na dependência direta do Agrupamento Militar de Intervenção (AMI), recebeu e cumpriu a missão de escoltar uma Equipa de Especialistas em Explosivos da PSP, proporcionando-lhe a segurança física
e a liberdade de ação necessária para silenciar a Rádio Renascença. Tal ação havia sido pedida pelo Governo ao Conselho da Revolução, que a aprovou, e de que resultou uma ordem do Presidente da República para a execução do citado e que foi materializada com a destruição dos equipamentos daquela emissora na Buraca, nos arredores de Lisboa.

(10Nov) - Na presença do Alto-comissário da República, Alm Leonel Cardoso, do Comandante-Chefe Adjunto, General Graduado Heitor Almendra, do Secretário-geral do Governo, do Tenente-coronel Gonçalves Ribeiro e do Embaixador Teixeira da Mota, uma Companhia comandada pelo Capitão Oliveira Figueiredo prestou honras militares no derradeiro arrear da Bandeira Nacional de Portugal em Angola, naquele que fora o primeiro e agora o último aquartelamento de paraquedistas na cidade de Luanda, a Fortaleza de S. Miguel. 

As forças que constituíram a Companhia nomeada para prestar as Honras Militares na Cerimónia em apreço, foram um Pel da 3ª CCP/BCP 21, um Pel Fuzileiros, um Pelotão da FAP e uma Sec AML/ECav 401 (Dragões). 

No já longínquo dia 16Mar1961, os paraquedistas haviam sido dos primeiros militares a acorrer às terras angolanos, na sequência dos graves incidentes
ocorridos na noite de 14 / 15Mar61, no norte de Angola, e foram os últimos a abandoná-las, nos primeiros alvores de 11Nov75, sempre no exato e honrado
cumprimento da missão recebida.

(1978) - Nos termos de uma Diretiva específica, o ciclo anual de instrução de quadros e tropas do CTP passou a culminar com a realização do Exercício Júpiter (o 1º realizado foi ainda denominado Marte 78), planeado pelo Comando Operacional da Força Aérea e pelo CTP, em que todos os efetivos da Brigada de Paraquedistas Ligeira (BRIPARAS) foram empenhados, bem como as Unidades Aéreas que o guião do Exercício Júpiter previa. Iniciou também a participação neste Exercício anual, como viria a acontecer nos anos sucessivos, uma Companhia da Brigada de Paracaidistas del Ejército de Tierra, num regime de reciprocidade com esta e no homólogo Exercício Lusitânia, organizado pela mesma em Espanha.

(11Nov) - Com a independência de Angola foi desativado o BCP 21 e posteriormente extinto, pelo Decreto-Lei 141/76, de 19Fev.

(12Nov) - Face ao caminho percorrido pelo RCP/BETP desde 11Mar e que fatalmente conduziria à irrelevância militar e à sua extinção, o comandante da Unidade, Coronel Graduado Moura Calheiros, convocou uma reunião de Oficiais, expondo a sua visão da situação. A origem desta convocação radicou em atos de indisciplina havidos numa reunião plenária imediatamente anterior a esta, no ginásio da Unidade, com a presença do CEMFA, em que a classe de Sargentos, também convocada, não compareceu e algumas Praças tiveram um comportamento lamentável. 

No final da mesma, 123 dos 124 Oficiais presentes na Unidade solicitaram a sua apresentação imediata no EMFA e o regresso aos seus Quadros de origem, no Exército. O comandante decidiu determinar a marcha dos seus Oficiais nessa data para o EMFA, como forma de ultrapassar o bloqueio à sua ação de comando, levada a cabo pela Comissão de Sargentos. Esta decisão extrema, em coordenação com o CEMFA, no dizer daquele responsável “pretendeu preservar o futuro das Tropas Paraquedistas, com a dissolução da Unidade e a sua posterior reativação sem o núcleo dos sargentos extremistas, os quais estavam a pressionar a generalidade da excelente classe de Sargentos Paraquedistas da Unidade a aderir às suas teses, sob coação de não promoção e mesmo de saneamento”

(1975) - O DCP 1 permaneceu até 08Dez na ilha de Ataúro / Timor e, nesta data, juntamente com os restantes portugueses ali instalados, embarcaram nas corvetas Afonso Cerqueira e João Roby, cessando a presença da autoridade portuguesa em Timor.

(1975) - Os Pára-quedistas regressaram de Timor, tornando-se assim a última Força Militar de Portugal a sair do Império Colonial português. Ficou dessa forma testemunhado o apoio das Tropas Paraquedistas à descolonização em Angola, Moçambique, Guiné e Timor, sempre feita com eficiência e disciplina, apesar das baixas sofridas nessa ação. Encerraram o ciclo honroso do seu empenhamento operacional na Guiné, em Moçambique, em Angola e em Timor, onde o seu aprumo, disciplina e eficiência, nas missões que lhes foram atribuídas, foi sempre patente, inclusive quando grassou a campanha de “nem mais um soldado para as colónias”. No cumprimento honrado do juramento que haviam feito, sofreram 160 mortos em combate e inúmeros feridos. Releva-se o imprescindível apoio do BCP/RCP, durante os treze anos de guerra, na divulgação, inspeção, classificação, alistamento, incorporação, formação, instrução, mobilização e projeção de todos os Oficiais, Sargentos e Praças necessários, não só para o cumprimento da sua missão, mas sobretudo para os quatro Batalhões de Paraquedistas ultramarinos, bem como do DCP 1.

(1976) - Decorrente da criação do CTP, em janeiro foi publicada a nova organização e estrutura da BETP e surgiu o Centro de Treino Físico (CTF) na dependência do Centro de Instrução Geral do Batalhão de Instrução. A Secção de Educação Física e o Centro de Educação Física do RCP, deram lugar ao CTF, cuja missão, organização, funções e competências foram alargadas e a doutrina ficou definida e estabelecida no Manual de Treino Físico Militar do Corpo de Tropas Para-quedistas.

(01Jan) - Foi ativada a BOTP1, em Monsanto (Desp. 54/CEMFA de 17Dez75), no aquartelamento até então do GDACI/FAP,  que entretanto fora desativado.

(1976) - Foi introduzido na BETP a obrigatoriedade de todos os militares realizarem anualmente a Prova de Aptidão Física (PAF), tendo sido em 1978 generalizado às restantes Unidades de Paraquedistas.

(1976) - Foi inaugurado o novo e funcional Clube de Praças na BETP, o primeiro dos quatro da Unidade a ser projetado e construído com essa finalidade. Foi ainda inaugurada a Lavandaria da Unidade e construídos o Tanque de Natação, posteriormente coberto e com água aquecida,
assim como o Pavilhão Polidesportivo Descoberto, situado em frente ao Clube de Oficiais. Na sequência, foi asfaltado o caminho da ronda, interno e periférico, bem como construídas/melhoradas as torres de vigilância ao longo do mesmo

(1976) - Em substituição do Campo de Futebol, passou a ser utilizada a Parada 2º Sargento Frois Ribeiro, lateral à Torre de Saltos francesa e em frente ao edifício do comando do Batalhão de Instrução, para a realização das principais Cerimónias na Unidade, a qual viria a ser pavimentada em 1978.

(1976) - No RCP foram levadas a efeito, desde 1973, diversas tentativas para implementar a prática sistemática da modalidade desportiva, então designada de Corrida e Orientação, face aos excelentes reflexos que assim seriam induzidos na atividade militar, apesar de se tratar de uma modalidade desportiva quase totalmente desconhecida em Portugal. Porém, face à realidade então vivida com a guerra que então se enfrentava em três TO, só em 1976 e na BETP a modalidade desportiva Orientação veio a cativar de forma alargada os Paraquedistas, tanto na formação como na competição. O entusiasmo e dedicação dos Capitão Adelino Martins e Capitão Oliveira Figueiredo e dos 1º Cabo João Martins e Manuel Vitorino, bem como de muitos outros, ficaram para sempre ligados à história da modalidade e ao seu início como prática desportiva militar em Portugal. 

O percurso da Orientação nas Tropas Paraquedistas foi fulgurante, pois até finais da década de 80 ganharam quase todas as provas disputadas a nível nacional e, como consequência, as suas equipas, reforçadas com um ou outro elemento do Corpo de Fuzileiros, representaram Portugal nos campeonatos organizados sob a égide do Conselho Internacional do Desporto Militar (CISM). Na década de 90, os outros Ramos e as Forças de Segurança viriam a seguir as pisadas dos Páras e atingiram então um excelente nível competitivo. Contudo, ao arrepio das regras internacionais para a Orientação, em Portugal e até 1988, continuavam a ser usadas cartas topográficas militares 1/25.000, ano em que uma equipa da BETP (1º Sargento Esperto, 1º Sargento Cândido Oliveira e 1º Sargento Rodrigues, entre outros) fez, em 5 semanas, o levantamento cartográfico de diversas zonas e a feitura das cartas topográficas respetivas, tudo dentro das normas para tal exigidas (escala 1/15000 e simbologia própria).

(1977) - Como sempre, sob as necessárias diretivas do comando da Unidade, foi criado na BETP o desejado Museu das Tropas Paraquedistas, afetando para tal uma parte do segundo piso do novo edifício do Clube de Praças, no respeito pela conceção e projeto inovadores da Arquiteta Teresa Almendra. Posteriormente, em 1990 foi remodelado e ampliado, adquirindo também o excelente aspeto atual, “constituindo o lugar onde se estabelece a ligação entre o efémero e o que permanece”. 

Nas também belas e precisas palavras igualmente e então escritas pelo Alferes Pára-quedista Arquiteto Arlindo Serrão, nesta fase o seu principal obreiro em termos técnicos na conceção e realização, “a razão do Museu é o reconhecimento do valor das vidas que sobraram às mortes dos que honraram esta família, à qual todos se orgulham em pertencer”.

(1977) - Foi realizado o 1º Curso de Precursores Aeroterrestres em Portugal (mais conhecidos por Precs), sendo instrutor chefe o Capitão Preto, coadjuvado pelo 1º Sargento Espírito Santo, tendo meritoriamente concluído com sucesso 5 instruendos (Capitão Maximino Chaves, Tenente Valentim Gomes, 1º Sargento Feijão, 2º Sargento Nunes e 2ª Sargento Constantino). Os Precursores são paraquedistas instruídos, organizados, treinados e equipados para auxiliar e controlar aeronaves empregues em missões conjuntas, além de poderem estabelecer e operar meios auxiliares à navegação aérea e à reorganização de pessoal e material, lançados de paraquedas, à sua ordem ou não, ou desembarcados no solo. Com a realização de outro curso no ano seguinte, atingiu-se a massa crítica necessária para um trabalho ao nível do estado da arte em qualquer país, seguindo-se idênticos cursos nos anos seguintes.

Essa viagem de progresso começara a desenhar-se com o regresso a Tancos, depois de frequentarem o
Curso de Precursores Aeroterrestres na Escola de Paraquedismo do Brasil, em 1956 do Tenente Argentino Seixas e do Alferes Costa Campos, em 1971 do Capitão Ramos Lousada e, depois, em 1973 dos Capitão Preto, 1º Sargento Espírito Santo e 1º Sargento Ciro.

(1977) - A BOTP1 passou a poder contar nas suas instalações com um moderno Parque Polidesportivo, após total remodelação de um outro, menor e já degradado, existente no mesmo local e que pertencera à Unidade sua
antecessora ao local.

(1977) - Face à necessidade de ser adquirido novo material para expansão e melhoria das relevantes atividades desenvolvidas no Centro Pedagógico / BETP, e não havendo cabimento orçamental para tal, o Comandante da Unidade, Coronel Almendra, diligenciou junto do CEMFA, General Lemos Ferreira, a disponibilização das verbas necessárias. Este, ao saber da existência no CTP de um especialista na área audiovisual, o Capitão Pinhão, especialista que então a FAP não possuía, acordou na transferência do mesmo oficial para o EMFA, mas na dependência da Direção de Instrução e com a missão de criar o Centro de Audiovisuais/FAP. Esse objetivo foi largamente atingido sob a chefia daquele oficial paraquedista, respondendo o Centro às necessidades de todas as Unidades do Ramo. No Centro citado foram levantados um estúdio de TV e outro fotográfico, criada a possibilidade da realização e montagem de filmes novos, da locução e montagem de som para apoio a todas as Unidades e, ainda, uma estrutura responsável pela aquisição e gestão de todos os equipamentos audiovisuais da FAP.

(19out) - Constituído o Pára-Clube Nacional "Os Boinas Verdes", concretizando a vontade de 407 militares Paraquedistas, que passavam a ser estatutariamente sócios fundadores. A 12 de Novembro, o Pára-Clube foi oficializado pelo Decreto-Regulamentar n° 262, vindo depois a ter sede própria em Vila Nova da Barquinha.

(1978) - O 1º Sargento Celso Feijão e o Furriel Leal Caracol marcharam para a ETAP/Pau/França, onde obtiveram o Certificat d’Aptitude aux TAP- SousOfficier, tendo realizado o Curso de Paraquedismo. O primeiro graduado
referido cumpriu, também, a missão de recolher informações detalhadas sobre o míssil Milan, então em uso no Exército Francês.

(1978) - Nos termos de uma Diretiva específica, o ciclo anual de instrução de quadros e tropas do CTP passou a culminar com a realização do Exercício Júpiter (o 1º realizado foi ainda denominado Marte 78), planeado pelo Comando Operacional da Força Aérea e pelo CTP, em que todos os efetivos da Brigada de Paraquedistas Ligeira (BRIPÁRAS) foram empenhados, bem como as Unidades Aéreas que o guião do Exercício Júpiter previa. Iniciou também a participação neste Exercício anual, como viria a acontecer nos anos sucessivos, uma Companhia da Brigada de Paracaidistas del Ejército de Tierra, num regime de reciprocidade com esta e no homólogo Exercício Lusitânia, organizado pela mesma em Espanha

(01Jul) -  A BOTP2, após ser transitoriamente ativada no AM 1, na Cortegaça (Desp. 48/CEMFA, de 4Nov75, foi desativada em 19Dez nesse local (Despacho 55, de 17Dez75), ativada em Aveiro (Portaria 552-A/77-DR 204) e definitivamente ativada em S. Jacinto (Despacho 31/CEMFA, de 03Mai77). Aqui, entretanto, já se encontravam parte das suas forças, na situação de diligência permanente, aguardando a extinção da BA 7, a que viria a acontecer em 30Jun78.

(1978) - Numa remodelação dos Clubes da BETP, o quadro representativo das diversas atividades dos Paraquedistas, até então pertença do de Oficiais desde 03Jul68, foi transferido para o Clube de Sargentos, onde ainda se encontra. Face ao apreço generalizado dos oficiais na referida pintura, viria a ser feita uma cópia da mesma, em 2001, em acrílico sobre tela, e colocada no hall do novo Clube/Alojamento de Oficiais. Foi seu autor o então ex-Sol Para Rogério Marques Timóteo, natural de Monte Penedo/Mação e residente em Alcaravela, no concelho de Abrantes.

(1978) - O Tenente Valentim Gomes frequentou o Curso de Intérprete de Fotografia Aérea, nos Serviços Cartográficos do Exército, tendo de seguida os 1º Sargento Feijão e o 2º Sargento Manuel Nunes frequentado no mesmo local o Curso de Auxiliar de Intérprete de Fotografia Aérea.

(1978) - O 1º Sargento Casaca Ferreira marchou para Pau, sede da Escola das Tropas Paraquedistas francesas, onde frequentou com sucesso o Curso de Saltador Operacional a Grande Altitude (SOGA). Trata-se do curso 

aeroterrestre de maior exigência a diferentes níveis de análise, seja na pré-seleção nas provas físicas, médicas e psicológicas, bem como no difícil desempenho prático no mesmo. De acordo com o plano de formação anual
das TP, a referida formação foi, de seguida, complementada com a frequência do Insertion Long Range Reconnaissance Patrols Course, na Alemanha. Este caracterizou-se também pelo extremo nível de exigência
física, com saltos a 35000 pés, uma altitude não fisiológica que exige o uso de equipamento para respiração assistida, transportando o saltador cargas muito pesadas. Com o seu regresso à Casa Mãe, foi iniciada a
disseminação da doutrina e, mais tarde, iniciada a formação e treino dessa importante atividade operacional.

(1978) - Como antecipadamente previsto, após três Oficiais paraquedistas (Major Almeida Martins, Capitão Borges e Capitão Chaves Gonçalves) terem frequentado na ETAP um dos Cursos curriculares destinados aos Oficiais franceses paraquedistas, de sucessivos níveis, receberam e cumpriram a missão da feitura do primeiro Regulamento Aeroterrestre, no qual foram atualizadas, desenvolvidas, sistematizadas e agregadas diversas publicações até aí existentes, sobre a doutrina tática e técnica e outros procedimentos aeroterrestres. Como determinado e sistematicamente se procedia nas Tropas Paraquedistas, os referidos Oficiais deslocaram-se às diversas Unidades destas Tropas e realizaram palestras sobre as experiências tidas no exterior do país, disseminando assim por todos os Graduados o conhecimento adquirido.

(1979) Em 21Mai após o fim da guerra em África e integrado no plano de adequação dos Páras à nova prioridade e realidade estratégica então vivida, plasmada na Diretiva Operacional, uma nova vertente do conhecimento foi implementada. Assim, em 1979 o Cap Anselmo Roque frequentou com sucesso um Curso de Defesa NBQ (Defense MBC C. Troupe), o qual decorreu na École des Armèes, em Grenoble/França. Os conhecimentos transmitidos neste curso foram dirigidos para a Defesa, Proteção e Deteção de possíveis ataques nucleares, biológicos e químicos. O CTP, através da Embaixada francesa em Portugal e por proposta do referido oficial, adquiriu e importou algum material e equipamento no âmbito em apreço, o qual foi atribuído ao Batalhão de Instrução/BETP para que viesse a ser iniciada de imediato a instrução de defesa NBQ nas Tropas
Paraquedistas, o que veio a acontecer no início de 1980. Entretanto os Tenente Soares dos Santos e 2º Sargento Esteves frequentaram também o Curso de Defesa NBQ na Escola acima referida e em França. Posteriormente, para aprimoramento individual e troca de conhecimentos / experiências na área referida, o Capitão Roque acompanhado pelo Tenente Soares dos Santos e pelo 2º Sargento Esteves, marchou para a frequência do primeiro Curso Experimental de Defesa NBQ que decorreu na Escola Prática de Engenharia, com início
em 09JUN82. Concluído o Curso, este tipo de instrução passou a ser ministrada na BETP pelo Tenente Soares dos Santos, coadjuvado pelo 2º Sargento Esteves.

(1979) Em 05Jul o Corpo de Tropas Pára-quedistas, a Base Escola de Tropas Pára-quedistas e as Bases Operacionais nº 1 e nº 2, numa cerimónia para o efeito organizada na BETP, em Tancos, receberam os seus Estandartes Nacionais.

nota: a foto não é referente ao 1º curso mas a um outro.

(1979) Foi iniciado o 1º Curso de Saltadores Operacionais a Grande Altura (SOGAS), sendo instrutor-chefe o Capitão António Pereira e responsável o 1º Sargento Casaca Ferreira, tendo meritoriamente terminado com sucesso instruendos (Tenente Krug, Alferes Dias, 2º Sargento Mendes e 2º Sargento Eleutério Pinto). Os saltos programados no curso foram realizados entre 10/12000 pés acima da ZL e, sobretudo, serviram para que os instruendos dominassem com proficiência o corpo, nos seus três eixos e durante o voo. Assim, cada elemento da equipa SOGA sabia executar aproximações relativas, a partir dos diferentes níveis de altitude em que se encontrassem e, na fase mais avançado, transportando individualmente cargas pesadas, podiam atingir agrupados o objetivo.

(1979) O Capitão Bernardes marchou para o SHAPE/Bélgica, onde frequentou o Public Information Officer CourseNo mesmo ano, O Capitão Branco realizou o Curso de Interpretação de Fotografia Aérea, na

Witon Royal Air Force Base, no Reino Unido.

(1979) Foi construído o edifício destinado ao Centro de Recrutamento do CTP, nos terrenos a norte das instalações oficinais e no perímetro da BETP.

O Sargento-ajudante pára-quedista Filipe Morais possui, na sua página pessoal, uma extensa dedicatória à fanfarra, onde é possível ouvir os toques e ver vários vídeos.

(1979) A Fanfarra dos Paraquedistas foi reativada sob a direção do 1º Sargento Pereira, contando este com um auxiliar a partir do ano seguinte, o 1º Cabo Manuel Silvério Brás, o qual, já como 1º Sargento, o veio a substituir em funções, devido à sua passagem à reserva, em Maio de 1985. Por fim, em Março de 2001 passou a dirigir a Fanfarra o 1º Sargento Paulo Martins, até à sua extinção em 30Jun06 (Despacho 130/CEME, de 20Jun06). Desde 1959, início da formação musical dos Páras integrantes da sua Fanfarra, de forma distintiva e única em Portugal, a Fanfarra começou a integrar, entre os seus vários instrumentos,
gaitas de fole com três roncas, conforme modelo escocês.


O CTP iniciou uma nova área de atividade, em que veio a obter grande perícia, o Abastecimento Aéreo. Esta é a atividade pela qual se preparam adequadamente, são embarcados e são lançados, a partir de uma aeronave em voo, artigos de abastecimento e ou equipamentos; o lançamento, independentemente do processo ou técnica utilizada, é realizado para um local onde sejam necessários a uma Unidade Militar para executar uma determinada missão, ou para restabelecer os níveis de abastecimento que a mesma deva possuir, ou ainda para abastecer populações que vivam situações de exceção. Até 1961 os paraquedistas foram mantendo o contacto com a evolução ao nível internacional das técnicas e processos de lançamento, mas com o início da guerra em África, as prioridades foram alteradas e a atividade ficou um pouco estagnada. Depois, com a aquisição dos aviões C-130 e tendo em vista a montagem de uma estrutura de apoio à FAP, destinada a confecionar as cargas a lançar pelas aeronaves citadas, o CTP enviou em 1978 quatro oficiais (Capitães Albuquerque Pinto, Costa e Sousa, Barroca Monteiro e Lima Pinto), a Fort Lee/Estados Unidos. Estes frequentaram com aproveitamento o Parachute Rigger Course e o Air Drop Load Course, mais tarde e entre nós designados como Curso de Operador de Abastecimento Aéreo.

Na sequência, o primeiro e o último dos oficiais referidos frequentaram também com sucesso o Airdrop Load Inspector Course. Para a Franca, também em 1978, haviam sido enviados os Capitães Albano Carvalho e Ribeiro Pedro para a frequência de um Curso de Abastecimento Aéreo, mais dirigido ao avião Transall C- 160. Então, face a comparação do curriculum dos cursos americano e francês e dos meios aéreos a utilizar, foi o primeiro escolhido. Assim, os capitães Albuquerque Pinto e o Lima Pinto assumiram a chefia do processo de constituição e organização do novo Serviço da FAP/CTP, o qual a partir de 1979 iria passar pela formação dos Operadores de Abastecimento Aéreo. Localizada junto a placa da BA 3, passou a funcionar a Secção de Abastecimento Aéreo/GOAT/BETP, com desempenho ao nível do que de melhor se fazia em qualquer congénere estrangeira. Na procura permanente ser mantido o serviço ao nível dos Aliados, em 1996 e em Fort Benning/US o Capitão Gonçalo Oliveira realizou o Air Delivery Officer Course. Depois, em 2011, o Capitão Pegado deslocou-se a Fort Lee e frequentou o Curso para Oficial de Lançamento Aéreo de Material (Aerial Delivery and Materiel Officer Course) e o Curso de Inspetor para Certificação de Cargas para Lançamento Aéreo (Airdrop Load Inspector Certification Course), antes e apos o carregamento na aeronave. Hoje, com a evolução da atividade em apreço, bem como com as disponibilidades e as necessidades existentes, a Companhia de Abastecimento Aéreo / Batalhão Operacional Aeroterrestre / Regimento de Paraquedistas dispõe, no âmbito do lançamento de cargas, do Sistema de Abastecimento Guiado com Paraquedas de Precisão (JPADS). Este integra um sistema GPS para guiar as cargas para um ponto designado na Zona de Lançamento, sendo admitido só um ligeiro desvio, mas dentro de um quadrado de 50x50 metros, centrado no ponto designado, sistema esse ao nível do que de melhor existe no mundo.

(1979) Como habitualmente todos os anos acontecia, através da frequência de cursos diversos no estrangeiro, para garantia da manutenção dos conhecimentos atualizados sobre as diversas áreas militares, marchou para Espanha o Capitão Cardoso e Castro, para se inteirar localmente da Doutrina Logística aí seguida e, para o Reino Unido, os Capitães Tavares e Cap Lopes, no que concerne às Comunicações.

(1979) Culminando o ciclo anual de instrução e treino, na região de Macedo de Cavaleiros realizou-se o Exercício Júpiter 79, no qual foi empenhada, pela primeira vez, a totalidade da Força Operacional do CTP, a Brigada Ligeira de Paraquedistas (BRIPARAS).

(1980) Sob o comando do Tenente Victor Ferreira foi levantada a Companhia de Morteiros Pesados (CMP), da Brigada de Paraquedistas Ligeira, sedeada na BOTP 2, sendo equipada para além de outro armamento, com 18 Morteiros120mm Tampela. Cada um destes podia ser transportado num sistema rebocado de duplo rodado, com alvéolos para alojamento de seis granadas, tendo sido fabricados e importados de Singapura.

(1980) Marchou para Montauban/França o 1º Sargento Hélder, com a finalidade de ser formado na manutenção, dobragem, confeção de paraquedas e outro material aeroterrestre, tendo atingido com sucesso o objetivo determinado. De seguida e no mesmo estabelecimento frequentou o Curso de Gestão de Equipamentos Aeroterrestres, em uso nas Tropas Paraquedistas, o Capitão Ribeiro Pedro.

(1980) A primeira edição da Competição entre Escolas de Paraquedismo da Europa (Challenge 1980) teve lugar em Pau e a convite do General Fayette, então comandante da ETAP/Pau/França, participaram as seguintes escolas militares de paraquedismo: francesa, italiana, espanhola, belga, britânica, alemã e portuguesa. Mais tarde a competição foi alargada a outros países europeus aderentes. O formato tríplice objetivo, reuniões de comandantes de escola/seminários aeroterrestres/competição, só se iniciou anos mais tarde, tendo as primeiras edições decorrido só no formato reuniões de comandantes/competição (SAA, SAM, Tiro, Natação Militar e Orientação).

Os seminários foram introduzidos para aumentar a produtividade, através da troca de experiências e procura combinada de soluções para problemas comuns, bem como evitar a banalização do Challenge, os quais tinham começado a esmorecer. Esta excelente solução vem prevalecendo até aos nossos dias. Impõe-se que seja sublinhada a participação portuguesa pois, para além de ter conquistado, em vários anos, um lugar honroso no pódio, viria a distinguir-se particularmente ao ser classificada em primeiro lugar no Challenge de 1986 (Alcantarilha/Espanha), 1987 (Brize Norton/UK), 2005 (Tancos) e 2016 (Tancos).

(1980) O exercício anual da BRIPÁRAS realizou-se de novo em 1980, desta vez no distrito de Castelo Branco, nos concelhos de Idanha-a-Nova e Penamacor. O Exercício JUPITER 80, para além da BRIPARAS, contou com a Participação já habitual de uma Companhia de Paraquedistas de Espanha e ainda de uma Bateria de Artilharia do Regimento de Artilharia de Lisboa. O Exercício desenrolou-se como habitualmente em três fases, a primeira de Postos de Comando em Salas (CPX-Salas), de 13 a 170ut80, na BETP, uma segunda de Postos de Comando no Campo (CPX-Campo), de 27 a 310ut80 na área do exercício e a terceira, o Exercício com Forças (LIVEX), de 19 a 27Nov80 na área indicada. Participaram na 3ª fase do Exercício e pela primeira vez duas Companhias de Paraquedistas na Reserva, num total de 163 reservistas, das Classes de 1976 e 1977, mobilizadas para o efeito. Tal convocação, em Portugal, não era realizada pelas Forças Armadas desde 1943. A convocação passou a ser regra para os futuros Exercícios Júpiter da BRIPÁRAS.

     REORGANIZAÇÃO (1981-1985)

     REORGANIZAÇÃO (1986-1990)

     REORGANIZAÇÃO (1991-1993)

     INTEGRAÇÃO (1994-1997)

     INTEGRAÇÃO (1998-2000)

     INTEGRAÇÃO (2001-2005)

     INTEGRAÇÃO (2006-2010)

     INTEGRAÇÃO (2011-2015)

     INTEGRAÇÃO (2016-2020)

     INTEGRAÇÃO (2021-...)

Documentos fundamentais 

- Calheiros, José Alberto de Moura. 2021, “História do Regimento de Caçadores Pára-quedistas”. Vila Nova da Barquinha: União dos Paraquedistas Portugueses (No prelo).

 - Grão, Luís António Martinho. 1987. “História do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas”. Lisboa: Comando das Tropas Aerotransportadas.

- Grão, Luís António Martinho. 1987. “História do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas 12”. Lisboa: Corpo de Tropas Pára-quedistas.

- Lousada, José Manuel Garcia Ramos. 2011“História do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas 21”. Tancos: Escola de Tropas Pára-quedistas.

- Martins, Raúl Francóis Ribeiro Carneiro. 1986. “História do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas 31”. Lisboa: Corpo de Tropas Pára-quedistas.

- Pires, Orlando Caetano Rodrigues. 1993. “História do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas 32”. Lisboa: Corpo de Tropas Pára-quedistas.

- Escola de Tropas Pára-quedistas. 2008. “50 Anos - 1956-2006. Carregueira / Ribatejo: Tipografia e Papelaria Marques.

- O. S. (Ordens de Serviço) do Batalhão de Caçadores Paraquedistas (Tancos, 1956 a 1961)

- O.S. do Regimento de Caçadores Paraquedistas (Tancos, 1961 a 1975).

- O.S. do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 21 (Luanda/Angola, 1961 a 1975)

- O.S. do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 31 (Beira/Moçambique, 1961 a 1975)

- O.S. do Batalhão de Tropas Paraquedistas 12 (Bissau/Guiné, 1966 a 1974)

- O.S. do Batalhão de Tropas Paraquedistas 32 (Nacala/Moçambique, (1966 a 1974)

- O.S. do Destacamento de Tropas Paraquedistas 1 (Díli/Ataúro/Timor, 1975)

- O.S. do Corpo de Tropas Paraquedistas (Monsanto/Lisboa, 1975 a 1994)

- O.S. da Base Escola de Tropas Paraquedistas (Tancos, 1975 a 1994)

- O.S. da Base Operacional de Tropas Paraquedistas 1 (Monsanto/Lisboa, 1975 a 1991)

- O.S. da Base Operacional de Tropas Paraquedistas 2 (S. Jacinto/Aveiro, 1975 a 1994)

- O.S. do Comando das Tropas Aerotransportadas/Brigada Aerotransportada Independente (Tancos, 1994 a 2006)

- O.S. da Escola de Tropas Aerotransportadas (Tancos, 1994 a 2008)

- O.S. da Área Militar de S: Jacinto (S: Jacinto/Aveiro, 1994 a 2006)

- O.S. do Regimento de Infantaria 15 (Tomar, 1998 a …)

- O.S. da Escola de Tropas Paraquedistas (Tancos, 2008 a 2015)

- O.S. da Brigada de Reação Rápida (Tancos, 2006 a …)

- O.S. do Regimento de Infantaria 10 (S. Jacinto/Aveiro, (2006 a …)

- O.S. do Regimento de Paraquedistas (Tancos, 2015 a …)

- Relatórios de Operações do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 21 (Luanda/Angola, 1961 a 1975)

- Relatórios de Operações do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 31 (Beira/Moçambique,1961 a 1975)

- Relatórios de Operações do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 12 (Bissau/Guiné, 1966 a 1974)

- Relatórios de Operações do Batalhão de Caçadores Paraquedistas 32 (Nacala/Moçambique, 1966 a 1974) 


Revistas e jornais militares

- “Kit Bag”, Jornal do BCP 31 (Beira), Jul1971

- “Salta”, Jornal do BCP (Tancos), 28 números, de 1956 a 1958

- “Revista Boina Verde”, BCP 21(Luanda, 113 números, de Ago1965 a 1974)

- “Revista Boina Verde”, RCP/CTP/RParas, do número 119, em Jun75, até ao 258, no 2º semestre 2020. 


Livros

- Anacleto-Santos, M., Perestrelo, C., Santos-Correia, J., 2015. “Ao Ritmo do Guia. Memórias de um Curso de Paraquedismo Militar”, Tancos: Pára-Clube Nacional Os Boinas Verdes.

- Barbosa, José da Fonseca. 2018. “Oficiais Milicianos Pára-quedistas da Força Aérea Portuguesa. Vol I os que combateram em África 1955 a 1974”. Porto: Fronteira do Caos Edit. - . 2019. “Oficiais Milicianos Pára-quedistas da Força Aérea Portuguesa. Vol II As Gerações do pós-Império 1975 a 1993”. Lisboa: Manuel Barbosa e Filhos Lda.

- Calheiros, José de Moura. 2010. “A Última Missão”. Porto: Caminhos Romanos. - Cann, John P. 2017. “Os Páras em África (1961 - 1974)”. Cascais: Tribuna da História,

- Chaves, Maximino Cardoso. 2005. “Andanças, Tribulações e Reflexões em Tempo de Guerra”. Coimbra: Edições Minerva.

- Henriques-Mateus, Lourenço Henrique. “1 - Portugal na Aventura de Voar. De Gusmão ao Ocaso dos Balões Esféricos (1709- 1915)”, Printer Portuguesa, junho. 2009, pág. 115-124.

- Machado, M., Carmo, A. 2003. “Tropas Para-quedistas. A História dos Boinas Verdes Portugueses 1955-2003”. Lisboa: Prefácio Editores.

- Mensurado, Joaquim Manuel Trigo Mira. 2002. “Os Páras na Guerra 1961-63 e 1968-72”. Lisboa: Prefácio Ed.

- Mira-Vaz, Nuno. 2019. “Os Pára-quedistas nas Guerras de África 1961-1975”. Lisboa: Sociedade Histórica da Independência de Portugal/Instituto Bartolomeu de Gusmão. - . 2019. “Pára-quedistas em Combate 1961-1975”. Porto: Fronteira do Caos Edit. - Mansilha, J., Mensurado, J., Calheiros, J. et al. 2007. “A Geração do Fim. Infantaria 1954-2004”. Lisboa: Prefácio.

- Moutinho, Carlos Bragança. 1970. “História e Técnicas do Para-quedismo”. Lisboa: Livraria Portugal.

- Serra, Rosa Glória et al. 2014. “Nós, Enfermeiras Paraquedistas”. Porto: Fronteira do Caos Edit.